A “floresta” de concreto tomou conta do ambiente natural.
O solo tem uma nova cobertura.
O novo “gramado” é de malha asfáltica.
Os velhos pinheiros “evoluíram” para blocos enormes de cimento e tijolos.
Agora há a ocorrência de um “urbanosistema”
Nasceu um novo gênero de árvore.
Não são mirtáceas ou bombacáceas, são as “antenáceas”.
Antenas de televisão,
Antenas de telefonia,
Antenas de rádios,
Antenas de propagandas.
Algumas têm até bandeiras que lembram os velhos galhos e folhas.
São milhares delas na nova paisagem:
Finas, esbeltas, esguias, magras, elegantes. Cada pequeno lugar tem uma nova “árvore” dessa espécie.
Mesmo sem precisar brigar por luz, elas se destacam no dossel.
As aves perderam seus troncos originais adaptando-se as novas “folhagens”.
Seus ninhos não estão mais entre o verde da selva.
Estão nos cantos dos coloridos prédios urbanos.
Os fios elétricos invadiram o lugar dos antigos cipós... É um emaranhado deles.
Mesmo assim os pequenos “avuantes” conseguem refazer seus ambientes.
Talvez, esteja nascendo também um novo gênero de pássaros: os pássaros de aço.
Pássaros velozes que transportam sonhos em suas asas.
Pássaros com cabines comandadas pelo ser que muta sua própria casa;
O Homo imprudentis
Para onde foi a Floresta nativa?
Para onde foram tantos animais?
Para onde foram tantas vidas?
Esta crônica foi feita para vídeo, mas, ai está.
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