De Volta ao Velho Pouso



De Guaraqueçaba

Havita Rigamonti e Jus Iuches

Pouso do Guará: esse é o significado da palavra Guaraqueçaba segundo alguns autores. Há aproximadamente 40 anos essas lindas aves, os Guarás – Eudocimus ruber,  desapareceram da região. Uma das principais atividades que deflagrou o sumiço desses seres alados, se deve basicamente a caça dessa espécie por causa de sua plumagem charmosa, vistosa e chamativa. Agora, esse nome volta a ter sentido devido a grande concentração de aves que tem sido avistada recentemente nos manguezais de Guaraqueçaba.  O vermelho intenso na fase adulta atrai a atenção de observadores em meio ao verde predominante do estuário. É no período de reprodução que a ave se faz mais bela, principalmente o macho guará.

Guarás - Eudocimus ruber
Menos ameaçados, mas não menos bonitos, os Colhereiros - Platalea ajaja, com seus tons rosados na plumagem, também decoram a paisagem e se destacam no paraíso. Seu nome originou-se por conta do desenho do bico em forma de colher, que tem a função de peneirar organismos no solo lodoso litorâneo para alimentá-las. Tanto sua cor rosa quanto o vermelho dos Guarás, são resultados dos carotenóides, substâncias existentes nos crustáceos e moluscos, base alimentar dessas graciosas aves. 

Colhereiros - Platalea ajaja,
A Região de Guaraqueçaba e seu entorno são compostos por manguezais. O ambiente é considerado, pela UNESCO, Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera, um entreposto de Vida. Este Ecossistema bastante conservado abriga também outras espécies raras como o Chauá, Papagaio-da-cara-roxa – Amazona brasiliensis. Um ambiente genuinamente rico em Biodiversidade localizado no litoral norte do Paraná na divisa com São Paulo.
Guará da esquerda ainda com plumagem juvenil
Grupo de Guarás em voo no manguezal
Colhereiro em primeiro plano com Guarás ao fundo!
 Informações sobre a região e avifauna do ambiente, Havita Rigamonti, havita@biomabrasil.com.br e havitavideo@yahoo.com.be  (41)85024570 – 88201205